Nova regra do Cartão de Crédito: pagamento mínimo é limitado a 30 dias

Governo impõe limite de utilização do crédito rotativo: Pagamento mínimo é limitado a 30 dias para reduzir os juros e o número de inadimplentes no país.

No dia 03 de Abril de 2017 entra em vigor no Brasil uma nova regra no cartão de crédito para tentar reduzir os juros ao consumidor, a medida foi anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central no fim de Janeiro. A nova regra impõe um limite de uso do crédito rotativo, limitando o consumidor a utilizar a modalidade por até 30 dias. Após o primeiro mês no pagamento mínimo (rotativo) o cliente deverá quitar a dívida ou então utilizar uma opção de financiamento mais barata (caso a administradora ofereça essa opção).

Se o cliente usar o rotativo em um mês, por exemplo, na fatura do mês seguinte essa modalidade deixará de existir. A pessoa terá que quitar 100% da dívida ou então optar por parcelar a fatura do cartão de crédito, evidentemente, com juros menores do que o crédito rotativo.

Quando a administradora oferece a opção de pagamento mínimo ela acaba estimulando o consumidor a financiar a dívida com juros “abusivos” sem que o cliente perceba. Ao limitar o uso do rotativo as empresas serão obrigadas a buscar alternativas mais baratas para que o cliente permaneça adimplente.

Ao optar pelo financiamento da fatura a administradora sai ganhando no longo prazo (com os juros) e o consumidor é beneficiado com o parcelamento com parcelas acessíveis, que cabem no bolso.

Na prática as administradoras terão que coibir o uso do rotativo por mais de um mês.

• Bradesco – Anunciou que não vai oferecer mais o crédito rotativo, após, decorridos, 30 dias o cliente deverá quitar a dívida com juros e multa ou então optar pelo financiamento da fatura em até 12 vezes.
• Itaú, Itaucard, Banco do Brasil (Ourocard) e Santander – Esses bancos anunciaram uma redução nos juros do rotativo e a criação de uma linha de financiamento mais barata, com juros de até 9,99% ao mês.

O crédito rotativo tem taxa de juros que pode chegar a até 450% ao ano. A previsão é de que a limitação do uso do rotativo faça com que os consumidores optem pelo pagamento à vista ou então adquiram financiamentos com taxas de juros mais acessíveis.

A limitação do rotativo também deve promover uma redução drástica no índice de inadimplência das administradoras, pois o consumidor terá mais facilidade para quitar uma dívida, já que as parcelas serão fixas e devem caber no bolso.