Fraudes

Procon SP quer proibir pagamento de delivery com cartão no ato da entrega

Golpe do delivery no ato da entrega já gerou mais de R$ 1,3 milhão em prejuízo aos consumidores.

O Procon de São Paulo está estudando uma medida que pode impactar nos usuários de delivery que optam por pagar no ato da entrega com cartão de crédito ou débito. De acordo com o órgão de proteção ao consumidor, diante de uma “explosão de reclamações”, o Procon estuda proibir que os estabelecimentos comerciais recebam pagamentos via cartão no ato da entrega.

Fraudadores alegam suposta taxa de entrega para conseguir com que o consumidor insira o cartão na maquininha com visor quebrado ou adulterado e digite a senha; cliente só descobre que caiu em um golpe quando recebe a notificação de compra da administradora do cartão ou, pior, dias após ao receber a fatura. (divulgação)

Para os restaurantes a medida pode ter um impacto muito negativo, pois muitos estabelecimentos optam por usar a própria maquininhaneste caso com um entregador exclusivopara diminuir os custos com a aceitação do pagamento, visto que os aplicativos de delivery costumam cobrar uma taxa maior pela comodidade do pagamento digital.

Procuro, o Uber informou que já não aceita pagamentos com cartões no ato da entrega.

O Rappi, 99Food e o iFood oferecem a opção de pagamento com cartão no ato da entrega.

Os consumidores que forem vítimas do golpe devem entram em contato imediatamente com a plataforma e o restaurante para que o fraudador (disfarçado de entregador) sofra as sanções legais e, em contrapartida, o valor cobrado indevidamente no cartão de crédito seja estornado pela administradora.

Devido a popularização desse golpe, ao entrar em contato com a administradora do cartão de crédito muitas empresas já oferecem o chargeback, ou seja, cancelamento unilateral de compra por alegação de fraude.

COMO FUNCIONA O GOLPE DO DELIVERY COM CARTÃO

Entregadores mal-intencionados estão aplicando um golpe usando maquininhas de cartões, no momento da entrega eles alegam que houve um erro no pagamento online ou que é necessário pagar uma taxa de entrega; eis que o consumidor acaba aceitando e o fraudador apresenta uma maquininha de cartão com visor quebrado ou adulterado.

Sem conferir o valor o consumidor digita a senha no equipamento. Ao conferir a fatura acaba descobrindo que foi fraudado pelo entregador.

De acordo com o Procon de São Paulo, as queixas dos consumidores do Rappi, Uber Eats e iFood já superaram R$ 1,3 milhão em prejuízos aos consumidores.

Para tentar coibir o golpe, a maioria desses aplicativos passou a exibir uma mensagem informando que não é necessário pagar nada ao entregador caso o consumidor tenha optado pelo pagamento online.

Além da maquininha quebrada ou adulterada, outra estratégia adotada por fraudadores tem sido oferecer uma “lanterna” para que o consumidor digite a senha em locais mais escuros. A questão é que o fraudador usa isso de artifício para filmar os dados do cartão do consumidor e, posteriormente, registrar compras indevidas em sites e aplicativos.

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Adm

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