Dívidas antigas de cartão de crédito chegam a ter até 99% de desconto



O consumidor que está com dívidas no cartão de crédito pode conseguir até 99% de desconto nas dívidas antigas. Os débitos que estão próximos de “caducar” nos órgãos de proteção ao crédito chegam a terem descontos de até 99%. Quanto mais velha a dívida, maior o desconto concedido pelos bancos e administradores de cartões.

O superdesconto foi o que aconteceu com o consumidor Agnaldo Farias, ele tinha uma dívida de R$19 mil (atualizado com juros) da extinta Credicard (hoje Itaucard do Banco Itaú), ele recebeu uma proposta para quitar a dívida no valor de R$79,00, desconfiou do valor baixo e foi até uma agência do banco, onde conseguiu comprovar que a oferta era legítima. A dívida tinha mais de 9 anos! Depois dessa negociação ele nunca mais conseguiu abrir uma conta no Banco Itaú, mas hoje está com o nome limpo e não recebe mais nenhuma cobrança.

É importante salientar, no entanto, que em 5 anos a dívida sai dos órgãos de proteção ao crédito mesmo que não seja paga, mas ela continuará existindo para o credor, podendo ser cobrada de forma amigável, afinal, ela ainda existe!

Por que as dívidas antigas são mais baratas de negociar?

A principal penalização do consumidor quando não paga uma dívida é a inclusão do CPF (Cadastro de Pessoa Física) nos órgãos de proteção ao crédito (SCPC ou SERASA, por exemplo), ocorre que por lei nenhuma dívida pode ficar inscrita no cadastro de devedores por mais de cinco anos. Dessa forma, se a dívida completa 5 anos, mesmo que o consumidor não pague o débito ela é retirada, com isso, o consumidor fica com o “nome limpo” de novo.

Caso o cliente fique com o nome limpo sem ter pago a dívida a probabilidade dele quitar o débito com a empresa é quase zero! É por isso que as empresas chegam a ofertar descontos de até 99% nas dívidas que são antigas.

Esperar 5 anos para negociar uma dívida certamente não é uma opção viável para todo mundo, pois a pessoa ficará com restrição de crédito durante todo esse tempo, sendo impedida de fazer novos cartões de crédito e até de abrir crediários em lojas, mas pode ser uma alternativa para quem não pode pagar a dívida (nem mesmo parcelada) por conta dos juros abusivos dessa modalidade.