Vale a pena comprar no exterior com cartão de crédito brasileiro?



O ideal é ter várias formas de pagamento quando viaja para o exterior; mas concentrar a maioria dos gastos no cartão de crédito pode representar um gasto acima de 10% por conta dos tributos.

Já falamos aqui no Cartão a Crédito que usar o cartão de crédito no exterior pode custar mais de 10% do valor gasto, isso porque além da taxa de conversão de câmbio que, quase sempre, é desvantajosa para o consumidor, ainda há a cobrança de 6,38% a título de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

impostos

Cartão de crédito brasileiro tem uma das taxas mais altas de utilização no exterior por conta da cobrança de IOF.

3 motivos para não usar um cartão de crédito brasileiro no exterior:

  • 6,38% de imposto em todas as transações – Ao comprar no exterior será cobrado a mais 6,38% de IOF, esse valor é cobrado diretamente pela administradora do cartão de crédito e repassado ao Governo Federal. O tributo poderá gerar a bi-tributação, já que o consumidor já paga impostos nas compras no país de destino. Além disso, muita gente já é tributado na renda.
  • Taxa de conversão de câmbio não é vantajosa – Há empresas de cartões que adotam o Dólar PTAX do Banco Central, mas a maioria das empresas de cartões utilizam uma cotação acima do dólar comercial e, à vezes, próxima do dólar turismo.
  • Risco de não conseguir utilizar o cartão – Um outro ponto que poderá pesar significativamente na hora de comprar no exterior está no risco de ter o pagamento recusado – mesmo fazendo o aviso viagem – algo que já aconteceu com praticamente todo mundo que já utilizou cartão de crédito em compras no exterior.

Tenha cartão BR, mas não faça desse o seu principal meio de pagamento

Ter um cartão de crédito em uma viagem ao exterior é uma segurança a mais, porém, não recomendamos essa forma de pagamento como a principal em suas viagens, pois o custo desse método de pagamento poderá superar 10% do valor gasto.

Pense bem, você já pagará uma taxa de câmbio acima do dólar comercial, além disso terá que pagar 6,38% de todo o valor gasto no exterior.

Com o dinheiro em espécie ou travel cards, pelo menos, o turista não está sujeito a variação cambial, pois a cotação fica “travada”, afinal, você já comprou a moeda estrangeira que precisa.

O ideal é priorizar pagamentos com dinheiro em espécie, cuja alíquota de imposto é de 1,1% (antes era 0,38%). Outra solução pode ser ter uma conta ou cartão pré-pago emitido no exterior e recarregá-lo com dinheiro em espécie no exterior. É comum que cartões pré-pagos sejam oferecidos em estabelecimentos como Walmart, BestBuy, Whole Foods, dentre outros varejistas.