Taxa cobrada em vendas com cartões caiu 31% nos últimos 10 anos



Concorrência faz taxa das maquininhas despencarem no Brasil.

Está mais barato vender através de cartões no Brasil! Nos últimos dez anos a taxa cobrada pelas vendas com cartões caiu mais de 30%, é o que mostra um levantamento divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O principal motivo da queda do custo se deve ao aumento da concorrência no setor, tanto de maquininhas quanto o de bandeiras de cartões.

Além disso, atualmente não existe mais exclusividade de bandeira com credenciadora, o que permite que praticamente todas as bandeiras sejam aceitas em diferentes maquininhas.

O levantamento considera a última década, ou seja, de 2010 a 2020. O custo médio das vendas à vista com cartões de crédito recuou 31%, passando de 2,94% para 2,02%. Já no cartão de débito a queda foi de 36%, de 1,61% para 1,03%.

O número total de transações subiu 285% em uma década, passando de 6 bilhões para 23,3 bilhões de operações.

GUERRA DAS MAQUININHAS

O principal motivo dessa redução significativa nas taxas cobradas nas vendas com cartões é o aumento exponencial na concorrência desse meio de pagamento. Se antes só haviam 4 principais credenciadoras, hoje existem dezenas de empresas que atuam nesse segmento.

Ademais, o mercado que antes era dominado pelos bancos acabou sendo conquistado pelas fintechs que, para competir com os grandes, acabam oferecendo taxas mais baratas.

Além da redução da taxa muitas credenciadoras optaram pelo fim da taxa de antecipação de recebíveis, redução do prazo de pagamento para o logista e outros benefícios como: maquininha sem aluguel, taxa reduzida nos primeiros meses e a distribuição gratuito de kit de bobinas.

Para os próximos anos a tendência é que a taxa cobrada dos comerciantes continue caindo. Além da própria concorrência do setor de maquininhas existe também o surgimento de outros meios de pagamentos no Brasil, dentre os quais: carteiras digitais, pagamentos por QR Code e Pix do Banco Central.