O Nubank está empenhado em acabar com o crédito rotativo em seu cartão de crédito. De acordo com a cofundadora da fintech, Cristina Junqueira, a empresa está testando com cerca de 150 mil clientes o parcelamento de fatura em substituição ao crédito rotativo do cartão de crédito.
Hoje, quando o titular atrasa ou não paga a fatura total no vencimento ele entra no chamado crédito rotativo, cuja taxa de juros pode ultrapassar os 13% ao mês. No caso de atraso no pagamento há ainda a cobrança de multa e outros encargos como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), por exemplo.
Por determinação do Banco Central, os juros do crédito rotativo só podem ser cobrados por, no máximo, 30 dias consecutivos; após o primeiro mês no rotativo a administradora precisa, obrigatoriamente, financiar a fatura com juros reduzido.
A ideia do Nubank é abolir o rotativo nos primeiros trinta dias e, por consequência, migrar o consumidor inadimplente ou que não consegue pagar o total da fatura, automaticamente para o parcelamento da fatura, cuja taxa de juros é até 70% menor do que o rotativo, dependendo do perfil de risco de cada consumidor.
O fim do crédito rotativo no cartão de crédito também simplificaria a forma como os juros são cobrados em caso de atraso, pagamento mínimo e/ou financiamento da fatura.
A previsão, segundo o Nubank, é que a fase de testes com os cerca de 150 mil clientes aconteça até o fim do primeiro trimestre de 2021, quando a fintech decidirá se a nova modalidade de cobrança será ampliada para todos os consumidores ou se permanece no modelo atual de cobrança com a possibilidade de cobrança do crédito rotativo no primeiro mês.
Vale lembrar que para quem paga o valor integral da fatura até o vencimento, nada muda! O novo modelo, no entanto, promete beneficiar aqueles consumidores que vez ou outra acabam pagamento um valor inferior ao total da fatura (pagamento mínimo).
Recentemente, o roxinho surpreendeu o mercado ao anunciar em até 80% a redução da taxa de juros do parcelamento de fatura.